6 Tipos mais comuns de Plágio, e os riscos de cometê-los
- lmnormalizacao
- 20 de abr. de 2021
- 3 min de leitura

1. Plágio Integral (‘Famoso Copia e Cola’)
É o tipo mais descarado de plágio, o aluno simplesmente copia um trecho de outro autor ou até mesmo um TCC na íntegra (já vi casos). Um trecho pequeno de texto, pode ocorrer de o aluno ter esquecido de colocar como citação, mas esse erro é imperdoável no meio acadêmico, portanto fique atento. Este é o mais fácil de ser descoberto, qualquer software farejador de plágio o denuncia.
2. Plágio Parcial (Texto ‘Frankenstein’)
Esse tipo de plágio ocorre quando o aluno usa várias partes do texto de outros autores e os mistura em seu trabalho sem indicar as suas respectivas fontes. Uma tentativa de disfarçar que está plagiando, fazendo uma espécie de ‘salada mista’ no seu TCC. Dependendo do ‘balaio de gato’ que o aluno fez com o texto original dos autores, pode ficar difícil de ser descoberto através de um software detector de plágio. Mas corre grande risco do texto não ter coesão e coerência, o que com certeza afetará na nota final do TCC ou o orientador devolverá para correção.
3. Plágio Conceitual (Esse é o tipo que a gente acha que ninguém vai descobrir)
Esse tipo de plágio eu diria ser o mais comum. Ele dá uma certa segurança ao aluno que o comete, pois consiste em utilizar ‘apenas’ a ideia de um determinado autor e escrever com as ‘minhas próprias palavras’.
Acontece que é com suas próprias palavras apenas e não com sua própria ideia! Seria uma citação indireta, se tivesse colocado a fonte, mas como não o fez, isso é considerado plágio.
Normalmente nenhum detector de plágio descobre esse tipo. Você pode tentar contar com a sorte, mas há grandes chances do orientador descobrir se ele realmente ler o trabalho.
4. Plágio de Dados (Parece inocente, mas é o mais fácil de descobrir)
Este tipo de plágio ocorre quando o aluno coloca no TCC, algum tipo de dado ou fato histórico que não foi ele quem fez o levantamento ou presenciou. Pode ser algum dado estatístico, índice econômico, etc. Por exemplo, se você escrever no seu trabalho que o Brasil tem 207,7 milhões de habitantes e não indicar nenhuma fonte nesse parágrafo, facilmente seu orientador saberá que contém plágio. Porque com toda certeza você tirou esse número de alguma fonte de pesquisa, impossível você ter saído pelo Brasil afora contando um por um.
Dei esse exemplo bem grotesco para você entender claramente esse tipo de plágio e assim não cometê-lo, hein?
5. Plágio Visual (Sim, há este tipo também)
Este tipo de plágio ocorre quando o aluno coloca em seu trabalho algum elemento visual sem indicar a fonte original. Pelas Normas da ABNT, todas as ilustrações, tabelas e gráficos de trabalhos acadêmicos devem ter a indicação da fonte. Até mesmo quando for de sua autoria. O plágio visual normalmente não é descoberto por software detector de plágio, pois ele analisa somente o conteúdo textual (no caso das tabelas pode ser detectado).
Enquanto ao orientador, ao menos que ele coincidentemente conheça a fonte original, dificilmente vai descobrir. Mas de qualquer forma, para que correr o risco? Apenas coloque a fonte original e estará tudo certo. Nada como dormir com a consciência tranquila.
6. Plágio de Citação (o mais inocente de todos, mas ainda sim é plágio!)
O plágio de citação à primeira vista pode não parecer plágio pois é colocada a fonte. O problema é que o aluno copiou a mesma citação que outro autor colocou na publicação dele, dando assim ideia de que ele leu aquela obra para usar como referência no seu trabalho.
Só que o aluno apenas conhece aquele trecho que viu em outra publicação, achou ‘bonito’ e quis colocar no seu trabalho também. É um tipo de plágio difícil de ser descoberto, mas se tiver ‘copiado’ de alguma obra famosa na sua área, seu orientador ou a banca pode reconhecer e questionar maiores informações sobre aquela referência, especulando se você realmente a leu.
Outra forma também de descobrir este tipo de plágio, é que a maioria dos alunos se esquecem de colocar a referência desta citação na lista que vai no final do trabalho. Justamente porque copiaram a citação do trabalho de outro autor. Isso eu sei muito bem, porque quando presto serviço de formatação nas normas da ABNT, confiro se todos os autores citados ao longo do trabalho, constam na lista de Referências.
E adivinha só? Diria que em pelo menos a metade dos trabalhos faltavam alguns autores na lista, boa parte dessas citações, podia jogar no Google que aparecia o mesmo trecho em outros trabalhos ou artigos da internet.
Para resolver este tipo de plágio, basta utilizar a expressão ‘apud’ ou ir atrás da obra original. Lendo outros trechos da obra original é possível que você consiga enriquecer ainda mais seu trabalho com outras citações.
Atenção: todos esses 6 tipos mencionados acima, são considerados plágio se não mencionam os autores originais ou quando o fazem, não são da maneira correta.
Fonte: Ana Lazari do Formatação ABNT
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